domingo, 4 de agosto de 2013

O dia em que eu li o meu diário.


Quando amamos alguém o tempo ao nosso redor, se torna relativo as horas se arrastam e parecem levar anos para passar. Hoje enquanto eu lia um caderno marcados por sentimentos em formas de palavras, eu vi que realmente o tempo passa de um jeito estranho quando estamos longe da pessoa que a gente ama. No meu caso anos se passaram, mas dentro de mim parece que foi um século que se arrastou. Enquanto lia todos os sentimentos mais puros que eu deixei ali escrito, vi o quanto eu mudei e quanto eu sento falta daquela pessoa que eu fui. Tudo bem eu era mais nova, só que eu via o mundo de um jeito diferente, encarava as coisas com mais fé, não tinha tanto medo das coisas. Acho que isso se dava por que você estava por perto. Já repeti mil vezes você é a melhor parte de mim, o meu sorriso era mais verdadeiro naquela época, ficar perto de você trazia a tona todos os meus sentimentos mais puros... 
Não que hoje eu me tornei uma megera, sem esperança e sem fé, mas tudo ao meu redor ficou mais cinza sem vida, hoje o mundo em que vivo é de aparências e baseado no ter para ser. Eu vivo lá tentando passar despercebida, ignorando essas futilidades para "sobreviver" destilando sorrisos falsos. Eu sei que o mundo dos adultos é assim a gente tem que ir se adequando aos padrões para ficar de pé, mas o que mais me deixa triste é saber que eu não encontrei mais aquela paz que sentia quando eu olhava para você. 
Nem sei por que começar a me queixar, na verdade mesmo o que eu queria dizer é que as promessas que eu rabisquei, ainda estão valendo. O amor que sinto não é descartável nem tem prazo de validade ele é para sempre. Olha que eu tentei tanto joga-lo fora, sufoca-lo de todas as maneiras, eu até pensei que tivesse conseguido, não leve a mal só que doía tanto continuar com tudo aquilo dentro de mim e não poder te entregar. Ficou como se eu tivesse um grande presente para te dar e você recusou. Mas você não era obrigado... Hoje eu entendo tanta coisa, mas mesmo assim fico aqui parecendo um disco riscado tentando revendo meus erros, tentando achar um jeito de seguir em frente sem sentir que perdi algo muito valioso. Mas eu perdi e até agora não encontrei nada que valesse tanto, quando os dias que eu passei com você. Nenhum abraço é como seu, cheio de sinceridade e nem os sorriso são como pedaços de sol que me aqueciam... Hoje só o que eu tenho é um monte de lembranças que eu pensei que tinham sidos apagadas, mas no menor descuido elas saltaram sobe os meus olhos tornando quase um pouco mais poderosas de quando de fato tudo aconteceu. E tudo isso deu-se ao dia em que li ao meu diário. E aí eu volto a primeira frase que o tempo é relativo, pois assim que eu abri aquelas páginas eu vi que você nunca foi embora, o tempo ainda não passou... 

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