Hoje o sol
não apareceu; deve ter se escondido nas sombras de seu sorriso!
Claustrofóbico!
Eu estou me afogando em minhas próprias lagrimas; salgadas e gélidas como você
deixou meu coração. Como fugir da escuridão que me prende, quando não esta
comigo?
Do alto da
minha torre solitária eu posso ver o brilho do sol e me lembrar do brilho de
seu sorriso. Eu quero uma saída! Eu preciso fugir. Em um impulso de esperança e
antes que aqueles que me predem voltassem a me torturar... Eu corri. Corri para
um mundo da liberdade onde só pudéssemos ser só eu e você.
Ao alcançar o
portão, eu vi a luz, eu estava livre. Olhando para traz onde eu só via o breu,
agora eu via a luz. O musgo lamacento de antes dava lugar a grama verde e
úmida. As arvores antes com seus galhos secos, davam lugar a grandes árvores
novas e frutíferas. E o grande lago negro, era um novo lago azul e límpido. E
você estava lá. Eu podia ouvi-lo, tocando nossa canção. O pior já havia passado
eu estava no paraíso.
Meu coração
encheu-se de alegria ao vê-lo. Como pude viver sem aquele rosto, aquela voz, aqueles
olhos... Seu sorriso era melhor que o sol, pois me aquecia não só por fora,
como por dentro. E eu chorei, mas de alegria, por que tudo o que precisava
estava ali, na minha espera.
Você se
levantou abriu os braços para me puxar em um abraço apertado, eu corri em sua
direção, eu precisava sentir saber que era real.
Mas você
passou reto, não pegou minha mão. Que tipo de brincadeira era aquela? Ao olhar
para traz eu a vi. A sua garota! Ela me via e ria de mim, pois ele a estava
abraçando como vazia comigo, ele sorria como um dia sorriu para mim. Eu o havia
perdido, o tempo que passei em reclusão tentando achar uma saída para meus
problemas, tentando achar formas de dizer que o amava você foi atrás de outra.
Ali como um
dominó tudo desmoronou. Tudo ilusão! Estava de volta ao castelo sombrio, eu
nunca sai dali. Um grito agonizado ecoou o local. Parecia que estavam
arrancando os pedaços de uma pessoa. E ela assistia a sua morte sentindo cada
parte de seu corpo sendo arrancado ferozmente. Risos sinistros zombavam do
coitado, eles gostavam da dor, eles se alimentavam da dor dos outros.
- Não! – foi
o que a voz conseguiu dizer, já fraca. – Eu o amo!
Olhei o local
assustada, as paredes brancas revestiam a cena. A luz forte e branca cegava
meus olhos. Só que do outro lado da pequena sala, a poucos metros de mim, você
me encarava. Os mesmos olhos especulativos e curiosos, que me enchiam de
alegria, me encaravam. Será que foi um sonho, ou pesadelo? Mas meu coração,
batia descompassado. Mau pressentimento. O que acontecia comigo? A resposta era
clara, você se levantou pegou seu violão e saiu, sem olhar para trás! Você me
via, mas ainda não fazia parte da minha vida como eu gostaria...
“Você me
entorpeceu, e desapareceu, vou ficando sem ar! Esperando você voltar!”
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