sábado, 12 de março de 2016

A Garota dos Contos de Fadas.


Quando mais nova minhas amigas viviam dizendo que eu era uma sonhadora, que acreditava em príncipes encantados. Confesso que ficava muito brava com essas gozações, mas que no fundo tinham lá sua verdade. Passei praticamento minha adolescência (e um pouco dessa minha juventude) me apaixonando a procura do tal príncipe encantado, alguém que nasceria pra realizar os meus sonhos românticos. Talvez por isso só caia em cilada nos relacionamentos, juntando com uma baixa auto estima só me apaixonei por garotos que só se interessavam por mim quando queriam algo em troca, tipo cola das provas, ou por alguém que nunca sequer tinha olhado pra mim, mas eu jurava que um dia iriamos nos casar e viver juntos pra sempre. Pois é vergonha alheia de mim... 
Acredito que houve um grande amadurecimento da Letícia de 15 para a de 21 anos, só admitir que eu tinha uma obsessão por achar o namorado perfeito, já mostra um pouco desse amadurecimento, mas confesso que ainda bate uma solidão no sábado a noite querendo alguém que me queira assim do jeito que sou, mas o processo é meio complicado, preciso me aceitar pra alguém me aceitar e eis o grande dilema da vida. Se aceitar é muito mais que se olhar e sentir bonita quando você põe uma roupa bonita, é aceitar o seu biotipo de corpo e que ele não vai atingir o padrão da Pugliese, porque você simplesmente não nasceu assim. É parar de acreditar que você só vai ser amada quando conseguir vestir uma calça tamanho 36. As vezes os padrões estão na nossa cabeça e não das outras. Aí caímos em relacionamentos abusivos por acharmos que não iremos encontrar algo melhor... 
Por muito tempo o que quis foi aquela maquina do filme " O brilho de uma mente sem lembranças" e apagar todos os micos que já passei com garotos. Mas apagar o passado é como quebrar o seu alicerce, e foram as experiências ruins que fizeram o meu alicerce, sabe aquele lema o que não mata te fortalece? Pois é ele é tem sua  verdade, com o passar do anos cada decepção se torna menos dolorosa, ou talvez mais suportável. Você já não quer mais morrer ouvindo música depressiva no quarto... Ou talvez você queria sim, mas seus compromisso não deixa então você vai vivendo, suportando sem afundar como antes, hoje você boia até conseguir se reerguer e nadar de novo. 
Sei que ainda tenho muito que aprender sobre relacionamentos, principalmente preciso vive-los e para de sonhar acordada, ouvindo qualquer música romântica e pensando como ela ficaria boa de legenda de foto de casal no Instagram. Sim eu ainda sou aquela que sonha com príncipe encantado, que um dia sonha em casar, mas que as vezes acha que não nasceu pro amor. Qual é ninguém consegue ser positivo 100% dos dias, e as vezes bate a bad, Mas o que mudou é que eu parei de procurar alguém pra me salvar, eu aprendi a boiar sozinha. Eu parei de literalmente parar minha vida por alguém e afundar. Eu aprendi que se não acontecer eu vou continuar nadando... Continue a nadar... 

Nenhum comentário:

Postar um comentário