sábado, 26 de julho de 2014

Vinte Garotos no Verão. - Sara Okler.


" Na verdade, as coisas não vão embora. Elas se transformam em algo diferente. Algo mais bonito."
Anna, Frankie e Matt formam um trio de amigos inseparáveis. Vizinhos desde pequenos, não se desgrudam nunca. Anna secretamente guarda uma paixão por Matt, mas teme magoar sua amiga Frankie irmão da garota. O que antes não passava só de um desejo guardado a sete chaves, agora torna-se realidade quando no seu aniversário, Anna finalmente acaba beijando Matt. Tudo fica perfeito se não fosse pelo detalhe que Anna esconde o fato de sua melhor amiga Frankie porque Matt prefere contar a irmã quando eles estiverem viajando, por ser um irmão protetor e temer que a irmã se sinta excluída da relação de amizade que existe entre os três. 
Tudo muda quando um acidente acontece e Matt acaba morrendo. Um ano se passou desde esse terrível acidente que abalou tanto a vida de Frankie e claro de Anna, mas uma viagem a Califórnia promete mudar tudo nessa amizade. Frankie colocou na cabeça que Anna precisa de um namorado e faz a ela um desafio de férias, ficar com vinte garotos naquele verão. O que Frankie não sabe é que Anna já encontrou um amor e foi há um ano, com o irmão dela o próprio Matt e a amiga não faz ideia do acontecido. As coisas prometem nesse verão, muita diversão, amizade e claro romance. 
Conheci esse livro através de uma blogueira que admiro muito e tem um gosto para livros bem parecido com o meu. " Vinte Garotos no Verão" foi escrito pela autora Sara Okler e lançado pela editora Novo Conceito. O livro  não é só um romance e diversão de férias. Tem isso e muito, mas acho que o assunto principal é sobre a perda. Como lidar com a perda de alguém que amamos muito e como seguir em frente sem sentir que está esquecendo o ser amado? O jeito de Frankie depois de perder o irmão querido, é irritante. Ela parece querer ser sempre o centro das atenções, mas ali debaixo daquela casca onde finge não se importar com nada, ela sofre a sua maneira. E claro que tem a Anna que se vê num dilema onde não pode demonstrar o quanto sente por ter perdido o seu primeiro amor de jeito tão drástico, sem nem antes começar pode viver aquele romance. 
O livro tem uma bela lição de seguir em frente, de mostrar o amor como ele é. Recomendo muito essa história que tem muito a oferecer a qualquer pessoa. Não importa a hora ou o momento é uma leitura que vai cativar qualquer um. 
" Não se mova.[..]Neste instante tudo é perfeito."

terça-feira, 22 de julho de 2014

Um Caso Perdido. (Hopeless) - Colleen Hoover.


" A verdade pode liberta-lá.  Ou simplesmente trucidá-la."
Tudo o que Sky quer é ter uma adolescência normal. Privada de ter um telefone celular, usar internet e até mesmo estudar em uma escola pela sua mãe adotiva, Sky decide que quer fazer o ultimo ano do ensino médio em uma escola com sua melhor amiga Six. O que acontece é que Six irá fazer um intercâmbio e terá que passar sozinha por essa nova experiência de estudar num colégio e que promete não ser nada fácil, graças a sua fama nada boa de namoradeira que se espalha por aí. Ela não liga muito para isso, e daí que ela fica com vários garotos? Ela não sente nada por nenhum deles mesmo. Tudo muda quando ela se encontra com Dean Holder, um garoto que também é conhecido pela sua fama nada boa. Dizem que ele é violento e homofóbico e acabou de passar um ano preso após espancar um gay. Mesmo com tudo de ruim que dizem de Holder, Sky não consegue negar a química que nasceu entre eles. Pela primeira vez Sky conseguiu sentir algo por algum garoto e sabe que mesmo os sentimentos sendo controversos entre o medo que ela sente dele e claro o desejo inexplicável, ela decide se arriscar nessa aventura. Em contra partida esse encontro começa a despertar sonhos e uma curiosidade sobre o seu passado já esquecido, desde que foi adotada.
Quando muitas pessoas começam a falar muito bem de um livro é impossível não sentir uma curiosidade sobre a história. E foi assim que acabei comprando o livro " Um Caso Perdido - Hopeless" escrito pela autora Colleen Hoover, lançado pela editora Galera. Lendo a sinopse do livro não dá para ter a minima ideia do quantas surpresas esse romance reserva. No começo jurava que era só mais um livro de uma garota indo pro ensino médio e claro se apaixonando pela primeira vez. Lógico o livro tem um romance lindo e de tirar o fôlego, Sky e Holder tem uma química invejável, é impossível não se apaixonar pelo Holder, as emoções de Sky são tão palpáveis que nós meras leitoras acabamos nos apaixonando pelo esquentadinho. Só que a história não gira entorno disso, há uma grande drástica história por trás desse "caso perdido". 
O que eu mais gostei foi a surpresa de ver o quanto Sky e Holder estão entrelaçados. Não é uma mera química por ele ser um bad boy - o que descobrimos logo o porque. - e algo muito mais além do que a gente está esperando. Não posso contar muito porque senão seria um grande spoiler, agora entendo o porque das resenhas serem tão comedidas quando a esse livro. Garanto que quem pegar para lê-lo não vai se arrepender um minuto. Terá muitas surpresas, romances e claro algumas lágrimas, mas com certeza se prenderá a essa bela história que é " Um Caso Perdido". 

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Série: My Mad Fat Diary.


Mês de julho é para maioria das pessoas mês das férias e nada melhor do que aproveitá-las vendo série o dia inteiro. Para quem gosta de séries acabei de ver  uma - sim terminei faz pouco tempo - e não me aguentei e precisava falar sobre a maravilhosa história de Rae Earl de My Mad Fat Diary. 
Menina obesa, sem amigos, que sofre bullying de todos e que  não tem nenhum namorado parece ser uma história bem familiar não é? Pois bem isso é quase verdade. Rae Earl já passou por isso sim e teve sérios problemas que a levaram ser internada num hospital psiquiátrico. Depois de ficar interna por quatro meses e parece pronta para encarar o mundo real, sua história começa. Logo quando sai do hospital se encontra com uma amiga, Chloe e sua turma que a convida para fazer parte daquele ciclo. Disposta a esquecer o passado tumultuado que sofreu, Rae Earl se envolve em uma nova aventura, onde tudo que mais quer é curtir com seus novos amigos e viver uma nova vida. 
O que eu mais gostei nessa série é a realidade que ela trata dos fatos. Nada ali é surreal ou fantasioso, todas as emoções que Rae demonstra em algum momento você já sentiu também. A série é narrada em primeira pessoa pela própria Rae que escreve toda sua vida num diário. A série trata de assuntos jovens e alguns delicados, mas não é toda só um drama, tem muitos momentos engraçados de Rae e sua nova turma de amigos e como ela se relaciona com eles. As conversas que ela tem com o terapeuta dela o senhor Kester também são bem engraçadas, mas em muitos momentos esclarecedoras e cheias de verdades. Rae tem lidar com os problemas que ela tem com sua mãe, os que ela tem com ela mesma e seu corpo e com os laços que ela cria. Lógico que não vai faltar um romance que vai te fazer suspirar, porque longe das histórias clichês que vemos por aí, Rae mesmo com todos os defeitos que ela põe em si mesma, ela consegue encontrar alguém que a ame do jeito que ela é, e isso é o mais maravilhoso de todo a verdade que isso trás a história é lindo. 

A série é curta - para nossa infelicidade. - A primeira temporada tem seis capítulos e a segundo sete. Isso acaba sendo um incentivo maior para alguns, mas saiba que assim que série acabar você vai querer mais e mais daquilo. A história é ambientada nos anos 90 e tem uma trilha sonora INCRÍVEL, que te faz ficar ainda mais apaixonada pela série. Assistam e preparem para se divertir  e se emocionar - prepare lenços você vai precisa. - com essa bela história. 

O que sentir?


Eu não sei o que eu estou sentindo. Ontem eu sonhei com você me fazendo rir tanto que acordei sorrindo. No meio da noite eu sorri sentindo tua falta. E de manhã eu vivo lembrando de coisas que a gente conversou, coisas que me lembram você e sinto saudade. Mas não sei se essa saudade é certa de sentir sabe? Confesso olhei tuas fotos ontem e você parecia feliz. Percebi que te perdi e que não queria te veria feliz assim de novo do meu lado. Alias pareceu errado imaginar nós dois sendo felizes daquele jeito. 
Eu também sinto raiva disso, ver você feliz, me deixa com raiva. Não pela sua felicidade, mas por lembrar que um dia antes você tinha me provocado e por um segundo eu achei que seria feliz. Você me olhou e pareceu que ia compartilhar algo comigo. Hoje quando te vejo com ela, fico com raiva por acho que naquele dia enlouqueci. Você me faz duvidar da minha própria insanidade, me fazendo imaginar que aquele dia não existiu. Mas infeliz ou felizmente ele existiu e eu não estava sozinha. Mais pessoas estavam ao nosso redor e viram o jeito que nossos olhos se encontram e por pouco muito pouco nosso lábios também. Isso me deixa com raiva porque as pessoas perguntam sobre nós e eu não o que responder. " Porque vocês não deram certo?" ou pior " O que é que rolava entre vocês?". São todas perguntas que eu não tenho como dar um resposta, porque nós nunca conversamos sobre isso. 
Você me deixou marcas eu tinha pensando e até rezado para que não tivesse. Mas você deixou. Quando ando pelas ruas é impossível não lembrar de como era quando eu andava com você. Não consigo deixar de pensar nos filmes que assisti pensando em você e por você. Hoje não suporto ouvir nada sobre eles. Você sabia que eu gostava de você houve momentos que era impossível não ver. E o que você fez? Nada. Eu engoli os meus sentimentos e do mesmo que você me encheu - de sonhos, esperança, de vida. - você me esvaziou. Não te desejo mal, seja feliz com aquela que escolheu. Daqui um tempo eu também serei. Eu não vou perguntar por você pras outras pessoas, quem sabe eu consigo te olhar nos olhos de novo e perguntar como você esta. E ai eu não precise ficar tentando decifrar o que tivemos ou não, porque simplesmente não irá fazer mais diferença. 

quinta-feira, 10 de julho de 2014

As voltas que o mundo dá.


Quando você leva um fora de um cara chovem conselhos de o quanto ele pode se arrepender, que um dia ele vai ver o seu valor e voltar atrás. Tenho certeza que você já ouviu isso da sua melhor amiga. Acredite isso pode sim acontecer. 
Dez anos após o ultimo encontro, lá estava eu com toda pompa, enfiada no meu vestido preto justinho que toda mulher tem em seu guarda roupa e calçando meu scarpin Chanel, que comprei em sei lá quantas vezes num brechó na minha ultima visita à Nova Iorque. Naquela noite nem eu mesma tinha me reconhecido, estava até usando batom vermelho e, diga-se de passagem, tinha ficado bem bonito. Toda essa produção era para jantar no Paris 6 com o Carlinhos do 2ºB. Ah claro me esqueci de que não posso chama-lo de Carlinhos, agora é Carlos Eduardo um advogado de renome, bem era o que estava escrito no cartão que ele me deu no dia que nos encontramos no supermercado. Ah vida é mesmo engraçada não é? Estava eu fazendo minhas compras do mês decidindo se eu comprava um negócio muito caro chamado Goji Berry ou se deixava pra lá e colocava mais uma caixa de Kit Kat no carrinho. Só pra esclarecer escolhi o Kit Kat. Foi no meio dessa difícil decisão que o Carlinhos apareceu. 
- Hey você não é Marina que estudou no colégio Santa Lúcia? - perguntou ele me parando, olhei-o de cima a baixo e logo reconheci. Carlinhos a minha maior paixão no segundo ano do ensino médio. O cara era o mais popular no colégio naquela época, alto de cabelos pretos e um lindo par de olhos verdes, a maior sensação do colégio. Não havia uma garota naquele ano que não era apaixonado por ele. E claro eu não fugi a regra. Até tentei alguma coisa com ele, mandei várias cartas apaixonadas para ele – naquela época eu tendia a romantizar as coisas – Mas não deu certo, ele me deu um fora por que estava de namoro com a Luiza claro a garota mais bonita do colégio. Lembro que chorei por uma semana por causa disso. Mas tudo bem dez anos se passaram e lá estava eu o encontrando num supermercado.
- Sou sim, você é? – perguntei fazendo-me de desentendida.
- Não se lembra de mim? O Carlinhos que estudava no 2º B, melhor amigo do seu irmão. – Lógico que eu me lembraria daqueles olhos verdes, a pergunta em questão é como ele me reconheceu. Digo a passagem de tempo me fez bem.
- Ah claro, como eu podia me esquecer. – Abraços e beijos foram trocados, descobri que ele tinha se formado e era advogado e morava a cinco quadras do meu apartamento. O encontro terminou com uma troca de telefones e uma promessa de um dia sairmos juntos para matarmos a saudade. Aí eu me pergunto que saudade? Quando estudávamos juntos nem se falar a gente se falava, e eu só era mais uma entre todas as idiotas que eram loucas por ele naquela época de colégio, só porque ele era o popular, inteligente e claro o mais bonito.
Mas eu me espantei quando numa sexta feira a noite ele me ligou e me chamou para jantarmos. Para falar a verdade eu não estava nem com muita vontade de ir, mas quando um cara bonito chama uma moça encalhada digo solteira como eu, não há motivo para não ir. Minha melhor amiga Juliana que não por acaso estava comigo no episodio onde levei um fora do Carlinhos me incentivou a sair.
- Vai lá amiga, vai ser o seu sonho de adolescente se tornando realidade. – disse ela me encorajando. E eu fui, com toda pompa, vestido apertadinho e batom vermelho.
Ele também estava muito elegante de camisa social azul escura e calça jeans preta. A fila de espera do Paris 6 estava grande, mas ele que se dizia amigo do dono, logo consegui uma mesa. Isso que dá ser um bom advogado você faz muitos amigos. Pedimos uma massa leve com molho branco e vinho, mas confesso que estava doida pra provar a sobremesa.
- Nossa quase não a reconheci naquele dia no supermercado, você está muito diferente. Digo muito mais bonita do que eu lembrava. – disse ele galante me fazendo corar.
- Você também continua muito bonito como no colégio. – o elogiei.  E foi o que bastou para a noite ser só sobre ele. O meu elogio desencadeou uma síndrome de narcisismo no cara onde ele só sabia falar do quanto se dava bem no ramo em qual ele trabalhava e o quanto era requisitado pelos melhores empresários do país e todo um papo chato de advogado. Naquele momento eu só sorria e bebia mais daquele vinho que nos era servido, pensando o que eu tinha visto naquele garoto na época de escola. E nada me vinha na cabeça alias a única coisa que me vinha era Gabriel meu melhor amigo. Ele também tinha estudado com a gente no colégio, mas diferente de Carlinhos, ele não era o popular nem nada disso, era só ele mesmo. Não era reconhecido pelos seus atributos físicos e sim pelo seu bom humor de fazer piada com tudo e todos, pela facilidade que ele tinha de fazer amigos, o jeito irreverente de se sair bem de qualquer situação complicada. Esse era Gabriel e eu não conseguia parar de pensar nele naquele jantar. Estava doida para comentar com ele que Carlinhos parecia flertar com tudo e com todos até com pobre do garçom. E de como ele bebia o vinho sugando o liquido pelas frestas do dente da frente fazendo aquele barulho desagradável, que me fazia querer rir feito uma idiota toda vez que ele fazia aquilo.
- Não sei por que não ficamos juntos na época do colégio, nós combinamos tanto.  – disse ele em determinado momento do seu monólogo.
- Você namorava a Luiza naquela época. – o lembrei tentado decifrar se ele estava sendo irônico.
- Pois é se soubesse como me arrependo você sim é uma mulher certa, sabe ouvir não fica querendo ser o centro das atenções falando mais que a boca. – Fiquei pasma com a tal revelação, querendo rir, mas indignada ao mesmo tempo. O cara era um babaca por completo.
- Então prontos para pedir a sobremesa? – perguntou o garçom. Eu estava pronta para pedir um delicioso e maravilhoso Grand Gateau, porque para falar a verdade era o único motivo que me fazia continuar ali com aquele mala, mas o infeliz me interrompeu.
- Não obrigado, para esta bela moça manter este corpo é melhor ficarmos sem a sobremesa, mas eu gostaria de um café. – Fiquei olhando para ele de boca aberta sem acreditar que eu estava no Paris 6 e ia sair sem sobremesa. – Lembro bem no segundo ano você era meio gordinha, mas melhorou bem.
- Muito obrigada, você sabe como tratar uma mulher. – respondi serrando os dentes e irônica.
- Obrigado eu sei que sou um homem raro. – disse o convencido. - E
 por causa disso que devemos sair mais vezes, acho que nós nascemos um para o outro.
Aquela afirmação foi a gota d’agua. A onde eu estava com a cabeça ao aceitar sair com aquele cara?
- Escute aqui Carlinhos, acho que não é uma boa ideia não. – fui sendo sincera e dando uma longa golada no meu vinho.
- Por que não? Estamos nos divertindo tanto!
- Só você meu caro esta se divertindo. Olha aqui sabe por que nós não ficamos juntos no colégio? Porque você me deu um fora e sabe tudo bem isso foi ha dez anos e o que eu sabia sobre a vida? Nada! Eu nem sei o que eu gostava em você. Eu mudei as coisas mudaram, minhas vontades mudaram só aceitei jantar com você porque achei que seria legal, mas eu tirei a prova que melhor ficarmos só neste primeiro encontro mesmo. – despejei as palavras em cima dele.
- Quer dizer que você está jantando comigo por vingança? Vingança do fora que eu te dei há dez anos? Pensei que você fosse mais madura. – aquilo foi o que bastou para minha raiva atingir o ápice.
- Mas é claro que não seu babaca! – disse me exaltando batendo as mãos no tampo da mesa. - Eu me enfiei no meu melhor vestido e até coloquei um salto alto. Se eu quisesse me vingar mesmo de você eu teria dito não logo na primeira vez. O negócio é que simplesmente eu nunca te conheci, nem hoje e nem naquela vez no segundo ano. Não sei o nome dos teus pais, nem se tem um bichinho de estimação. Não sei como você é quando esta nervoso ou ansioso. Não conheço suas expressões quando está com duvida em alguma coisa ou feliz. Nesse infinito de coisas gostosas que tem nesse cardápio você me fez comer massa com molho branco e eu odeio molho branco! E ainda por cima não me deixou comer sobremesa, me chamou de gorda e cara você não parou de falar de você mesmo o jantar inteiro. Então acho melhor a gente ficar só nesse jantar mesmo não acha? – percebi que estava falando um pouco alto e o restaurante inteiro estava nos olhando, mas minha paciência tinha acabo, principalmente porque eu estava sem sobremesa.
- É você tem razão, vamos acabar por aqui. – ele pagou a conta e logo saímos do restaurante, ele nem me ofereceu uma carona, mas eu também não poderia aceitar depois de tudo o que eu tinha dito a ele.
No final daquela noite percebi as voltas que o mundo dá e as vezes nós queremos coisas que no final não fariam nenhum bem a nós mesmo. Choramos pela perda de coisas sem nos darmos conta de que as vezes é um livramento.E olha mais uma coisa é que nesse jantar eu só pensava em Gabriel e em sua transparência e o quanto eu o conhecia e sabia o que esperar daquela pessoa. E o quanto eu gostava dele. Acho que eu tinha outra missão a fazer.
- Alô Gabriel? Está acordado ainda? Que tal a gente ir naquela lanchonete perto da sua casa comer um cachorro quente e beber umas cervejas?