Nunca fui a pessoa mais feliz para fazer amizades, alias durante um bom tempo da minha vida eu posso dizer que não tinha uma amiga verdadeira. Fui crescendo e na adolescência isso foi mudando, conheci pessoas legais que realmente puderem receber o titulo de amiga. No ensino médio eu já não era a excluída e conheci o verdadeiro significado de uma amizade. Fiz uma amigas que poderia chamar de irmã sem nenhum problema. Alias uma amizade em especial a quem me apeguei e nem sei porque, já que nossos gostos eram bem diferentes, as pessoas chegavam a nos confundir. Digo nós eramos um complemento da outra, dois opostos que quando juntas supriam o que faltava na outra. Eu a mais ingenua e ela a mais racional, a roqueira e eu a mais romântica. Essa diferença de personalidade era o que nos ligava e nos conectava, onde uma entendia a outra só num olhar.
Vivemos coisas incríveis no tempo que passamos juntos, claro que houveram desentendimentos, mas até as melhores relações tem problemas. Era com ela a quem eu confidenciava meus segredos e ela fazia o mesmo comigo. Foi ela que me ajudou com a aquele(s) garoto que eu estava afim. Ela me levantava e me ajuda a ver as coisas de um jeito diferente. Também foi ela a primeira pessoa a me ver chorar quando levei aquele fora que não esqueço até hoje...
O ensino médio acabou e a amizade continua, só que a presença dela me faz a maior falta. A vida de quase adulta toma tempo demais e o convívio diário passou a deixar de existir. Confesso que me afastei, e que esse texto tem sim uma dose boa de egoísmo, mas o que fazer eu sinto falta dela e de nossas conversas. Hoje o tom de nossas conversas não são mais como antes, queria muito poder olhar e me abrir com ela e também poder saber mais sobre ela. Eu queria poder contar com os conselhos delas, poder dizer que no primeiro dia de faculdade eu chorei por causa dele... Poder mostrar a ela as coisas bestas do meu dia-a-dia, mostrar que agora eu tripliquei o número de músicas do meu celular e queria poder dividir o fone de ouvido com ela, mesmo que ela criticasse e me tirasse sarro das coisas que eu gosto de ouvir, no refrão nos sempre cantávamos juntas. Sinto falta de suas ideias loucas e seu jeito extrovertido de ser, sinto falta de sentir confiança em alguém e poder contar a coisas mais absurda do mundo sabendo que ela sim iria entender.
Mas a vida normal nos chama e simplesmente não posso continuar agindo como uma menininha birrenta, no fundo na minha mente eu guardo os momentos bons que vivemos, e sigo naquele papinho sem graça:
- Você tem novidades.
- Não nenhuma...
E só resta sentir uma grande falta daquele tempo...
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