domingo, 9 de fevereiro de 2014

Gaveta.


O meu problema foi ter escancarado demais as janelas e ter me esquecido que os ventos podem bagunçar tudo. Por que foi isso que aconteceu, uma ventania invadiu aquele quarto e tirou tudo do lugar deixando tudo espalhado pelo chão, deixando tudo exposto. No começo eu não sabia por onde começar a organização, deixei tudo no chão mesmo pensando que um dia eu arrumaria um lugar para colocar aquela bagunça. O problema de deixar as coisas espalhadas pelo chão é que sem querer você vai tropeçar nelas, não adianta chutar para debaixo do tapete as coisas estão ali mostrando que precisam de um lugar. Essa é parte mais difícil, tiram tudo do lugar, o vento os espalhou e você tem que juntar, sem pensar que talvez um dia do futuro você precise disso. 
Penso nisso quando tenho que me  decidir com  o que fazer com aquele sentimento. Joga-lo fora no lixo ou deixa-lo em uma gaveta? Guarda-lo para quem sabe um dia você tenha a coragem necessária de joga-lo fora de vez. O que fazer com aquelas pessoas que você vive dando desculpas para o comportamento delas, dizendo que ela não apareceu naquele dia por que estava muito ocupada, ou que talvez não atendeu aquela simples ligação porque estava cansando demais para retornar. Simples desculpas que damos para alguém que já não se importam mais com o que sentimos, mas é tão difícil deixa-lá para trás e procurar alguém que realmente se importe e dê algum valor a nossa companhia. Mas sabe é necessário, afinal é muito fácil dizer que também sentiu sua falta quando o telefonema partiu de você. Mas ninguém sabe o quanto é difícil desarmar o nosso orgulho e dizer que o quanto aquela pessoa é importante para nós. Talvez ser orgulhoso não seja tão ruim assim, porque nos proíbe de correr atrás de quem já não se importa mais com os nossos sentimentos. 
Esses dias eu aprendi que por mais que seja egoísmo é melhor falar a verdade para as pessoas e talvez até magoa-las do que nós magoarmos. Por que o preço que pagamos ao nós magoarmos é muito maior, junto com a magoa vem a culpa, e essa meu caro ela arranca nosso coro. A gente se preocupa tanto com o bem estar das pessoas, mas esquece que também somos feitos de carne e osso, alegrias e tristezas, então porque poupar tanto os outros e nós deixarmos a deriva sangrando? Ame-se primeiro,  cuide-se também, tem coisas nessa vida que não precisamos sofrer para poupar as outras pessoas, nós também merecemos mais amor. 
E nessa arrumação depois que o vento passou, tem coisas que não merecem ficar no chão e nem guardadinhas na gaveta o lugar certo delas é o lixo.  

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Minha amiga ficou com o cara que eu gosto, e agora?


Você está gostando de um cara e deixa isso bem claro para todo mundo não nega e claro conta isso para sua melhor amiga. Um porém é que esse cara não está tão afim de você e sim da sua best, e "sem querer" eles acabam ficando. E agora o que fazer?
Primeiramente eu já passei por uma situação dessa, eu a boba apaixonada que estava gostando do garoto, alguns podem até rotular como a vítima da história. Eu tinha uma boa amizade com a " fura olho" nós tínhamos gostos parecidos e éramos muito próximas e daí acabamos gostando do mesmo garoto. Até onde vale passar por cima de uma amizade, por causa de um garoto? 
Eu sou daquelas que não gosta de fazer com as pessoas aquilo que não gostaria que fizessem comigo, então nunca me vi gostando de alguém que minha amiga estivesse apaixonada, mesmo que a pessoa fosse bonita e também estivesse gostando de mim, minha reação seria cortar e pensar na amizade que é o mais importante. Só que aprendi que nessa vida não é porque a gente faz algo que as pessoas iram fazer, isso é coisa de princípios, não que minha amiga naquela época tivesse um mau caráter, só que ela  fez o que achou melhor. Confesso que fiquei mal na época e ficamos alguns dias sem nós falar, mas logo deixei passar e voltamos a conversar, só que a amizade não foi mais a mesma isso pode ter certeza. O caso foi esquecido, o namoro dos dois  não durou, e ai que me pergunto de novo será que vale tanto a pena jogar fora uma amizade só por alguns momentos? Eu tenho dificuldades em confiar nas pessoas e dependendo da gravidade da situação acabaria com uma amizade sim, não gosto de traições alias umas das coisas que mais odeio. 
Pensando por outro lado, a amiga "fura olho" da história também não é a vilã. Me colocando como a vítima também fui egoísta, já que o cara estava gostando da amiga eles poderiam ficar e dar muito mais certo do que se eu tivesse sido a sortuda. É um caso complicado, mas porque ficar com raiva da amiga só por causa de um cara, já que eles ficaram por que continuar se martirizando, sofrendo e se rebaixando por alguém que não nós quer? As vezes também devemos parar de pensar em só em nosso machucados e deixar que as outras sejam felizes sem nos atrapalhar, pessoas que nos fazem bem são raras de se encontrar, então porque dispensa-las por causas bobas? 
Aprendi que nesse lance de amizade e de amor não existem regras, e as pessoas tem atitudes e princípios diferentes dos nossos, elas também erram assim como nós. Então vale a pena olhar os dois lados da história por mais que seja doloroso. Nessa situação que me ocorreu o problema era só meu e da minha amiga da qual nós tínhamos um laço um compromisso de amizade então só podia ser resolvido entre nós. Mas seja qual for a sua posição nessa situação é sempre válido pensar um pouco nas outras pessoas, deixar o egoísmo,e o seu bem estar de lado e pensar ao redor no que isso pode causar, ainda mais quando é uma pessoa que você gosta, afinal nunca se sabe o que pode acontecer no futuro. 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Sobre o passado, presente e o futuro.


Hoje ao abrir a minha retrospectiva do Facebook - não me julguem - me senti um pouco triste ao ver aqueles quatro anos resumidos em um minuto e meio. Não tinha um motivo nem porque, mas me dei conta de quando me privo de certas coisas. Eu sei diferenciar sim o que eu devo ou não postar no Face, sei me resguardar e não ficar anunciando cada passo meu na rede, a questão não é essa. Ao olhar as poucas coisas que ali haviam relembrei um pouco da cada coisa que fiz na minha vida e talvez me questionei se talvez eu tivesse mudado algumas atitudes onde eu estaria agora. Ultimamente essas questões inquietantes martelam na minha mente. Se eu tivesse feito tal coisa onde eu estaria agora. 
A maior verdade que eu ouvi essa semana, foi que nós nuncas estamos no presente. Ou estamos vivendo, planejando coisas pro futuro ou estamos revivendo coisas que deixamos no passado. Eu queria saber será que algum dia nos conseguiremos nos silenciar e pensar que tudo que está no jeito que deveria estar? Talvez não, acho que a grande graça de viver é essa, querer conquistar mais coisas, porque quando estivermos satisfeitos ai perde-se a graça não é mesmo? Mas ai que está o grande impasse, conquistar mais coisas mas mesmo tempo temos que dar valor as coisas que estamos vivendo nesse momento. Mas agora me explique como encontrar um equilíbrio? A todo o momento estamos pensando em algo que pode acontecer no futuro ou relembrando o passado. Seja no compromisso que temos daqui a duas horas ou até mesmo onde queremos estar daqui a dois anos. Ou talvez nos lamentando das horas a mais que você ficou acordado em vez de ir dormir e acabou acordando atrasado, ou lamentando o tempo que perdeu ao investir naquele relacionamento que só te trouxe dor de cabeça. A todo momento somos impulsionados a nós lembrar do passado e do futuro para fazermos o presente essa é a coisa mais louca da vida que pode sim dar um grande nó na nossa mente. 
Voltando ao início desde texto, será que deveria ter feito mais? Ter mais coisas pra preencher aquela barrinha que tanto pisca perguntando o que você está fazendo? Refletindo o que mais marcou nesses últimos quatro anos não poderiam ser publicados e mesmo que fosse não teriam valor algum, gravados ali, pois no meu coração já estava selado. Sobre fazer mais, eu fiz tudo que sabia e que podia naquele momento, levando em conta a minha idade e as coisas que tinha aprendido. Então acho que sim estou no caminho certo, aprendendo com as coisas do passado para usar hoje no presente para refletir no meu futuro. 

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Noites de Tormenta. - Nicholas Sparks


Essa semana li o livro Noites de Tormenta, do Nicholas Sparks publicado pela Novo Conceito. O livro conta a história de Adriene que ainda sofre com o fim de seu casamento, onde ela achava que tudo ia bem, mas foi trocada por uma mulher mais nova. Ainda sofrendo pelo fim, mesmo três anos depois, Adriene resolvi ir passar um fim de semana na pousada de sua amiga, na praia de Rodanthe. Chegando lá ela encontra um único hóspede, chamado Paul Flanner, um médico cirurgião que também tem sua vida conturbada por um divórcio, um relacionamento complicado com o seu filho Max e também sofre com o ódio de um marido que perdeu sua mulher ao ser operada pelo médico. 
Mesmo sendo os dois na pousada, os dois estranhos encontram consolo um no outro, fazendo que esse fim de semana seja marcado na vida dos dois. 
Resolvi ler o livro depois de assistir ao filme, onde o Paul é interpretado por Richard Gere e Adriene pela Diane Lane. O filme segue fiel ao livro só que o Paul é bem menos rabugento que se mostra no filme. O livro conta com menos de duzentas páginas, mas você é logo cativado pelos história. Por ser curto você consegue sentir a conexão criada pelo casal, num segundo eles são só dois estranhos dentro de uma pousada, sobre o anuncio de uma tempestade, e no minuto seguinte os dois estão envolvidos por uma conexão inexplicável. 
A leitura tem um desenrolar rápido, mas ao mesmo tempo tocante é possível sentir todas as emoções que envolvem o casal, mostrando que o amor não tem idade, e que todos podem vive-lo, independente de serem novos ou mais velhos.